quarta-feira, 31 de maio de 2017

Os nervos do passado

Era impensável andar de metro aqui há uns tempos. Lembro-me até da sensação daquele dia como se fosse hoje. Foi no Verão a seguir a ter desistido da faculdade. No auge do fim da minha Vida. Tinha ido até à praia sozinha, até Sto. Amaro de Oeiras. Na vinda para casa a rotina foi igual à das outras vezes, entrei no metro do Cais do Sodré e sentei-me. Só que nesse dia esteve um calor exasperante e TODA a gente foi para a praia. E claro, toda a gente apanhou o mesmo metro que eu. Só que ao meu lado ficaram uns turistas, não sei dizer se eram ingleses, ou holandeses, só sei que eram tão altos que a cabeça roçava o tecto do metro e eram corpanzudos a valer. Eles entraram depois de mim e puseram-se mesmo ao meu lado, "bloqueando" a minha saída, mas também não havia mais opção, eu nem sei como é que o metro andou com o peso de Lisboa inteira nele. Comecei a suar ainda mais que o normal, comecei a sentir o bater do coração (é bom que ele bata mas não é bom que o sintamos tão fisicamente) e comecei a panicar com os típicos pensamentos que me assolavam frequentemente "se acontece alguma coisa, não consigo sair daqui, vou morrer" ou "Pronto, agora o metro descarrila, há um grande acidente e eu morro" ou ainda "E se algum destes tipos é louco da cabeça, desata aqui às facadas ou tiros, já não me safo, vou morrer!". Um bocado paranóica, sim, mas a verdade é que eram coisas tanto físicas como psicológicas impossíveis de controlar. Era assim e pronto. Durante muito tempo andei sempre, mas SEMPRE com um leque, uma espécie de placebo para acalmar-me, visto que "treinei" o meu cérebro a reconhecer o abano do leque como um calmante, mas claro, algumas vezes tive que recorrer a medicação. E então lá saquei do leque da mala, ia-me abanando, fechei os olhos e contava todos os segundos entre estações até finalmente chegar à minha (pareceram anos).

Bem, isto a propósito do quê? Já por duas ou três vezes (uma delas hoje) que me enfio no metro e a meio da viagem lembro-me deste episódio. E sigo tranquila a viagem, as vezes que forem necessárias.

Claro que ainda há situações que me deixam desconfortável, um bocado mais nervosa do que o habitual, mas a verdade é que com o tempo as coisas acalmam e passam.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Este blog podia chamar-se "Memórias de uma esquecida" 😜

Três velhinhas estavam comentando sobre seus problemas de velhice.
A primeira disse:
— Eu estou tão esquecida, mas tão esquecida, que quando eu estou de pé ao lado da cama, eu não sei se eu acabei de acordar ou se eu estou indo dormir.
A segunda disse:
— Eu estou tão esquecida, mas tão esquecida, que quando a porta da geladeira esta aberta, eu não sei se eu acabei de guardar alguma comida ou se eu estava indo pegar alguma comida.
A terceira, dando três batidinhas na madeira, fala:
— Isola, Deus que me livre. Eu não quero ficar assim não.
E continuou:
— Já volto. Esperem aí que eu vou abrir a porta pois alguém esta batendo.


Eu já estou assim e ainda nem cheguei aos 30! 
O meu pai tem uma pancada qualquer por copos de plástico, sempre que lhe dão algum no café, em vez de o recusar ou dar uso, não, traz para casa. E então quando cá passa uns dias connosco, é certo e sabido que vou encontrar um desses copos algures. 

Hoje fui arrumar o quarto dele e claro, lá estava o copo em cima da cama desfeita (apesar dele ter cá estado há umas boas semanas, só hooooje é que tive tempo de ir arrumar as coisas). Ás tantas estava eu a puxar as orelhas da cama fazer a cama quando batem à porta. Entretanto volto para o quarto e termino de fazer a cama, ajeito os tapetes e vou a sair quando... epá, o copo? Tu queres ver que fiz a cama com o copo lá dentro? É que não peguei nele, como raio é que o copo desapareceu? Ao que parece quando fui abrir a porta, levei o copo para a reciclagem e até o espalmei. Ninguém merece 😂

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ai que nervoooooos 😬😬😬😡😠

Sabem aquelas pessoas que andam a passear no "Sim, não, nim, talvez", tudo no mesmo dia?

Dá-me uns nervooos! Então quando são os patrões é do piorio, decidam-se e mantenham a palavraaa!

Sobretudo quando afecta os meus planos de festarola 😜😜😜

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Porque por mais anos que passem nunca vou deixar de ser eu

O tempo foi escasseando e eu fui-me afastando do blog porque apetecia-me mais fazer outras coisas. Um bocado como aqueles amigos com quem deixamos de passar tempo e depois batem as saudades e volta-se a estar. O blog é assim, tem vindo de mansinho a bater a saudade. Sobretudo quando me acontecem estórias mesmo à Ádescávir. A sério, eu pensei que com a idade as coisas fossem passando e deixássemos de fazer certas parvoíces mas afinal não. A verdade é que já passou quase um ano desde a última publicação e metade das coisas engracadas que me aconteceram já me esqueci.

Mas deixo-vos por agora com estas. Não prometo voltar ao blog com a regularidade diária porque o mais certo é não cumprir, por isso vamos apenas combinar que sempre que me apeteca escrevo, sobretudo se forem peripécias habituais em mim.

Ora bem, quantas pessoas é que vocês conhecem que compram facas de cozinha? Muitas, certamente. E depois conhecem-me a mim, que precisava de umas facas, levei anos a comprar umas, ou eram caras ou não gostava dos cabos, ou não gostava das lâminas ou esquecia-me de comprar, o habitual. E então numa ida ao IKEA lá encontrei um conjunto que me agradou. Passado uns dias fui abri-las e adivinhem. Ainda as facas não estavam fora do plástico e eu já me tinha cortado com uma delas!! A séééério, porquê eeeeu?? 

Outro dia estava no trabalho e dobrei-me à frente da arca congeladora. O pior foi que não calculei a distância e espetei com a testa no vidro 😂 com a loja cheia, lógico. No mesmo dia levei com uma tira de etiquetas no olho (uma colega minha até virou a cara para não se desatar a rir) e um senhor quando me abordou prrgou-me um cagaço do caraças porque a loja nessa altura estava em silêncio e eu não o ouvi a chegar 😂 

Confessem, já tinham saudades 😜